Em 2022, o Brasil alcançou a marca de R$ 262,7 bilhões em vendas por meio de e-commerces, o que representa mais de 40% do mercado na América Latina. De acordo com um estudo realizado pela Americas Market Intelligence (AMI), o setor deve crescer 20% ao ano até 2026, chegando a US$ 432 bilhões, considerando compras e pagamentos em diversos segmentos, desde varejo até streaming.
Segundo Lindsay Lehr, managing director e responsável pelos pagamentos da AMI, grandes varejistas, como Magazine Luiza e Americanas, bem como os principais marketplaces, têm registrado crescimento anual de 80% a 90%. Por outro lado, muitos pequenos negócios estão se digitalizando, o que indica que ainda há muitas oportunidades no mercado.
Os relatórios mostram que o uso do Pix está em alta nas transações realizadas em e-commerces. Em 2022, o pagamento instantâneo já representava até 23% do total de transações registradas, e a expectativa é que essa participação cresça para 34% até 2025. Além disso, mais de 70% da população adulta brasileira já utiliza o Pix, enquanto somente 37% possuem cartão de crédito. O relatório também prevê que a participação do plástico deve cair de 55% para 47% do volume total de compras até 2025.
A chegada do Pix Garantido é esperada para impulsionar ainda mais o uso do meio de pagamento nas compras em comércio eletrônico. Atualmente, o Pix é mais utilizado para compras de menor valor, enquanto o cartão de crédito ainda é o meio preferido para itens mais caros, como produtos de varejo, viagens, pagamentos recorrentes e cursos de curta duração.
Já a participação do boleto bancário nas transações vem caindo nos últimos anos, de 15% em 2019 para 9% em 2022, e deve chegar a 7% até 2025. Embora ainda atenda à população mais velha ou sem acesso a serviços bancários, o boleto perde espaço para o Pix. Enquanto isso, as soluções “Compre agora, pague depois” (BNPL), que têm ganhado popularidade internacionalmente, enfrentam a barreira da alta inadimplência para se consolidarem no mercado brasileiro.
Apesar de o Brasil ser um dos países com maior adesão às criptomoedas, elas ainda não são muito utilizadas como meio de pagamento. Uma pesquisa realizada pela AMI em agosto de 2022 com 300 usuários de criptomoedas revelou que apenas 10% deles as adquiriram com o objetivo de fazer compras, enquanto a maioria (81%) as utiliza para investimentos.
Além de oferecer uma ampla variedade de meios de pagamento, é fundamental que as empresas simplifiquem a experiência do consumidor e atendam continuamente suas necessidades, enfatiza o CEO da Nuvei, Philip Fayer. Ele ressalta que manter um relacionamento próximo com os clientes é a chave para o sucesso das empresas nos próximos anos.
E você, está preparado para acompanhar esse crescimento e atender às necessidades dos seus clientes?